Pequenos animais devastam grandes plantações, Pequenos insetos derrubam grandes árvores




'Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos,…" 
Cantares 2.10-15
Nos vs.10-14 nos deparamos com um contexto de alegria, encanto e empolgação por parte do noivo. Ele convida a sua amada a sair do seu “esconderijo” e ver a maravilha que ficou os campos após a passagem do inverno.
De repente, no v.15, a amada/esposa chama a atenção do seu amado/esposo para as raposas e seus filhotes que entram nos vinhedos e causam uma devastação.
Raposinhas soltas numa vinha em flor fazem estragos enormes! A noiva sabia do potencial devastador desses pequenos animais.
O Rev. Hernandes Dias Lopes chama a atenção para o fato de que as raposinhas destroem o futuro no presente. Os frutos seguem as flores. Quando as flores são danificadas, não haverá frutos.
Elas são aparentemente inofensivas, mas devastam e destroem a vinha.
A vinha florida – Casamentos que andam conforme os princípios e valores estabelecidos por Deus.
As raposinhas – São pequenos hábitos e comportamentos, pequenas desavenças e frustrações acumuladas ao longo dos anos que sugam a seiva do amor e matam a felicidade do casamento.
Sãos os pequenos problemas que parecem insignificantes aos olhos dos cônjuges. São pequenas circunstâncias mal resolvidas.
As raposinhas são um símbolo daquilo que parece inofensivo, mas que no futuro trarão desgostos ao relacionamento conjugal.
São as pequenas coisas que na verdade destroem o casamento.
Os pequenos problemas não parecem muito ameaçadores, por isso são tolerados.
No início os pequenos problemas são como fiapos de algodão; mas com o passar do tempo se tornam verdadeiros cabos de aço.
O v.15 revela que as perigosas raposinhas demandam cuidados urgentes. Se as providências não forem tomadas no presente, a estabilidade e a alegria futura do relacionamento conjugal e familiar não subsistirão.
Diversas raposinhas têm rondado e destruído muitos relacionamentos.
Vejamos algumas delas…
1. A raposinha da “herança familiar”.
Quando duas pessoas se casam, cada uma traz consigo sua “bagagem” para o casamento. Que “bagagem”?
Hábitos e manias aprendidas na infância…
Gestos e atitudes próprios da cultura familiar…
Gostos e preferências que chocam e agridem o cônjuge…
Feridas emocionais, cicatrizes de um passado doloroso…
Fato é que casais iniciam o casamento trazendo consigo um “excesso de bagagem”.
A raposinha do “excesso de bagagem” mina toda alegria do casamento e impedem os cônjuges de amarem e serem amados.
Muitos casamentos estão em crise porque os cônjuges não conseguiram se desvencilhar do “excesso de bagagem”.
Casais iniciam o casamento trazendo consigo um “excesso de bagagem”.
A raposinha do “excesso de bagagem” mina toda alegria do casamento e impedem os cônjuges de amarem e serem amados.
Muitos casamentos estão em crise porque os cônjuges não conseguiram se desvencilhar do “excesso de bagagem”.

Muitos cônjuges não sabem expressar amor porque jamais presenciaram gestos de carinhos e afetos.

Alguns são filhos de pais ausentes e casam-se em busca da figura do pai ou da mãe.
Outros são frutos de uma família onde o “diálogo” era na base do grito. Vencia quem gritava mais!!!
Ainda outros são frutos de uma família onde haviam abusos físicos e emocionais.
Alguns entram no casamento com a auto-estima baixa porque foram sempre desvalorizados como pessoa.
A raposinha da “herança familiar” pode comprometer a estabilidade do casamento e ameaçar a sua sobrevivência.
2. A raposinha do “ressentimento”.
Ressentir é tornar a sentir. É sentir muito uma dor provocada por uma ofensa.
Ressentir é magoar-se a ponto de ficar sentindo os efeitos da ofensa cada vez que olha para o cônjuge.
Ressentir é magoar-se a ponto de ficar sentindo os efeitos do abuso até quando recebe os “afagos” do cônjuge.
A raposinha do “ressentimento” cria barreiras entre o casal, apaga a paixão dificulta a intimidade, esfria o amor e mata o casamento.
A longo prazo, o ressentimento provoca o efeito “panela de pressão”.
Ressentimento acumulado obstrui a válvula de escape. Depois que explode, os efeitos devastadores são quase irreversíveis.
Normalmente, ou os dois amargam uma convivência infeliz, ou fazem do divórcio uma “válvula de escape”.
No entanto, chave para a completa superação do ressentimento está no perdão.
3. A raposinha do “ciúme”. 
O ciúme tem destruído muitos casamentos! A pessoa dominada pelo ciúme apresenta basicamente três sintomas:

  • Vê o que não existe
  • Aumenta o que existe
  • Procura o que não quer achar
O ciúme ataca o casamento em seu próprio alicerce: mina a confiança!
Sem confiança não há casamento! Um casamento sem confiança transforma-se numa arena de brigas, num tribunal de acusações ferinas, numa prisão de tortura mental.
4. A raposinha da “inversão de papéis”
A compreensão dos papéis específicos do marido e da esposa é essencial para a estabilidade e felicidade do casamento.
Na família pós-moderna, a liderança masculina está ameaçada.
O homem tem abdicado do seu posto de liderança e abdicado da posição que Deus lhe conferiu.
Assistimos durante séculos a tirania e a opressão masculina! Atualmente temos assistido o recuo e a omissão do homem.
Por outro lado, o movimento feminista busca romper os paradigmas de Deus para a família.
Homens e mulheres são iguais? …Sim …e… Não!
Sim,… quanto à criação (Gn 1.27) e a redenção (Gl 3.28).
Não,… quanto aos papéis e funções dentro da família.
No relacionamento esposo e esposa o ponto central não é a superioridade ou inferioridade do homem ou da mulher.
A questão básica é o papel que cada um deve exercer dentro do lar.
Temos assistido a vinha da família sendo devastada pela raposinha da “inversão de papéis”.
Deus fez o homem para ser homem, marido e pai. Ninguém desempenha o papel de um homem tão bem quanto um homem.
Deus fez a mulher para ser mulher, esposa e mãe. Ninguém desempenha o papel de uma mulher tão bem quanto uma mulher.
Tanto o machismo quanto o feminismo são distorções do propósito divino.
O exercer autoridade como tirano e a omissão do homem no exercício de sua autoridade são distorções do propósito de Deus.
O marido não deve são um ditador nem um democrático!!! Ele deve ser um líder…

  • • Sábio e amoroso…
  • • Presente e participativo nas lidas domésticas…
  • • Mais atencioso à sua mulher do que ao trabalho, amigos e filhos…
  • • Encorajador, carinhoso e afetuoso…
  • • Ser um bálsamo para o coração da esposa.
A sábia e amorosa liderança masculina é fundamental para a estabilidade emocional da família.
Na família pós-moderna, o marido está cada vez mais ausente do lar.
A figura masculina está quase apagada na mente das crianças.
A fraca presença masculina no imaginário infantil tem sido uma das causas da grande explosão do homossexualismo.
A omissão do homem tem empurrado as mulheres para a linha de frente de batalhas que não lhe pertencem.
Quando a mulher preenche essa lacuna, ela se sente frustrada. Por quê?
Deus a criou para ser protegida pelo homem e não para ser a protetora dele.
Sua estrutura não é apropriada para exercer essa função.
O maior ministério do homem é ser sacerdote dentro de sua casa!!!
Nenhum outro interesse do mundo deve afastá-lo desse papel.
O marido é responsável pela vida espiritual da esposa e dos filhos.
Na família pós-moderna a mulher está cada vez mais assumindo a liderança na criação dos filhos. Porém esse papel pertence ao homem!!
E a mulher?!?!?!?
A mulher que tenta dominar o marido está na contra-mão da vontade de Deus.
Ao fazer isso, ela:


  • • Despreza o marido…
  • • Deixa-o frustrado…
  • • Gera filhos inseguros…
  • • Gera uma família bicéfala… (marido e mulher disputam a liderança dentro do lar)

A raposinha da “inversão de papéis” demanda posicionamentos URGENTES!!!!
5. A raposinha do “isolamento”.
O isolamento pouco a pouco vai distanciando os cônjuges um do outro.
Se o casal não tomar cuidado, depois de alguns anos se tornarão “dois estranhos no ninho”.
O perigo aumenta quando os dois trabalham fora, e, alguns ainda estudam a noite.
Muitos casais hoje quase não se encontram e não tem tempo pra conversar
A imagem que guardam na mente durante o dia, não é um do outro.
O cheiro que sentem durante o dia não é um do outro.
A voz que ouvem durante o dia não é um do outro.
A atenção que dão e recebem durante o dia não é um do outro.
O “isolamento”, muitas vezes, é resultado de uma inversão de valores.
Muitos casais valorizam mais dinheiro do que relacionamentos.
Outros valorizam mais suas profissões do que o casamento.
6. A raposinha do “tempo mal empregado”.
Tão ruim quanto a falta de tempo é o mau uso do tempo.
O casamento enfrenta momentos difíceis quando o nosso melhor tempo é dedicado a atividades que não são importantes.

  • • TV (cada um tem uma?!?!)
  • • Computador (internet…)
  • • Lazer e diversão que exclui a família
  • • Trabalho no feriado (ganhar dinheiro!?!?)

O amor genuíno envolve TEMPO!!!
Só desenvolvemos um relacionamento com alguém se passarmos TEMPO com ele.
Sabemos disso quando namoramos! Depois de casados achamos que não é mais necessário!
Alguém já disse: “Diga-me onde você gasta seu tempo e lhe direi o que você ama”
7. A raposinha do “silêncio”.
Num casamento saudável, cinco áreas exigem atenção constante.
(1) Comunicação
(2) Finanças
(3) Sexo
(4) Filhos
(5) Relacionamento com os parentes do cônjuge
Se algum dos quatro últimos itens enfrentar problemas, pode anotar:
A comunicação foi quebrada!!!
Caminhar juntos por uma vida toda exige que o casal converse de modo regular.
Um casal precisa se relacionar verbalmente: conversas sérias, informais e até “bobagens”!!!
Isso desenvolve amizade e intimidade!!!
Normalmente, o homem permite que a raposinha do “silêncio” devaste a vinha da relação conjugal.
O homem é especialista na arte de frustrar o cônjuge com o “silêncio”.
O “silêncio” constrói um muro de pedra entre o casal.
Onde o silêncio e a indiferença substituem a comunicação saudável, o divórcio é visto como única saída para essa prisão.
8. A raposinha das “finanças”.
Uma das principais fontes de problemas em potencial no casamento é o dinheiro.
Nenhum casamento está imune a problemas por causa de dinheiro.
O controle do uso dinheiro é dos fatores que mais contribui para brigas, frustrações e preocupações no lar.
A falta ou a abundância do dinheiro torna-se um verdadeiro campo de batalha.
Tanto pobres como ricos casam e se divorciam por causa de dinheiro.
Por que e como as “finanças” geram conflitos?
(1) Visão diferente do casal acerca da administração do dinheiro.

  • Gastar mais do que ganha.
  • Gastar tudo! Não fazer nenhuma reserva!
  • Guardar quase tudo e não usufruir do que tem.

(2) Visão diferente do casal acerca do que é supérfluo e do que é necessário.
(3) O não contentamento com o pouco que tem.
(4) Quem deve “controlar” as finanças? Esposo ou esposa?
(5) Independência financeira por parte da mulher! Se isso não for bem administrado pelo casal, a bênção pode tornar-se uma maldição!
Como lidar com essas questões?
Visão bíblica acerca do dinheiro.

  •  Exercer domínio sobre ele não o inverso (1Tm 6.10; Mt 6.24)
  •  Não se metam em dívidas além do orçamento (Rm 13.7, 8)
  •  Viver com contentamento (1Tm 6.7, 8)
  •  Trabalhe e confie no Deus provedor (Fl 4.19; 2Co 9.10)

9. A raposinha da “infidelidade virtual”.
Esta é a mais moderna das raposinhas que tem devastado a vinha do casamento.
Na comodidade de sua casa, casais têm se envolvido em relacionamentos extra-conjugais. (sites de relacionamento)
Satisfazem suas carências físicas e emocionais com outro (a).
Alimentam suas fantasias com outro (a), sentados na frente da tela de um computador
Conclusão
Para caçar as raposinhas, precisamos reconhecer que essa é uma briga que tem de ocorrer diariamente.
As vitórias de ontem não serão suficientes para as batalhas de amanhã.
Pequenos insetos derrubam grandes árvores
As maiores árvores do mundo são as sequoias.

  • Chegam a 110 metros de altura
  • Alguns troncos têm mais de 18 metros de circunferência
  • Casca de até 30 cm de espessura
São consideradas os maiores seres vivos do planeta. Resistem fortes rajadas de ventos e tempestades.
Porém, muitas delas são destruídas e caem ao chão corroídas por cupins.
Esses pequenos insetos minam sua resistência e elas tombam completamente vencidas.
No casamento também é assim!!!
Quando esses cupins não são identificados e eliminados, eles crescem se multiplicam e destroem o casamento por dentro
Esposos e esposas, comecem a caça às raposinhas e protejam a vinha do seu casamento!!
Pr. Paulo César Nunes do Nascimento
Ps. Os seguintes livros serviram como base na elaboração deste estudo:
Casamento, divórcio e novo casamento
Hernandes Dias Lopes
São Paulo: Editora Hagnos, 2005

Famílias Fortes, Igrejas Fortes
Wayne Grudem e Dennis Rainey
São Paulo: Editora Vida, 2005

Casados Amigos, Casados Apaixonados
Steve e Annie Chapman
Belo Horizonte: Editora Betânia, 2005

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