Os valores exclusivos da verdadeira esposa





“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente. E porque, filho meu, te deixarias atrair por outra mulher, e te abraçarias ao peito de uma estranha? Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele pesa todas as suas veredas. Quanto ao ímpio, as suas iniquidades o prenderão, e com as cordas do seu pecado será detido. Ele morrerá, porque desavisadamente andou, e pelo excesso da sua loucura se perderá" (Provérbios 5:18-23).

Há uma profunda, gritante e extrema diferença entre a mulher estranha e a esposa legítima e reconhecida aos olhos de DEUS. E essa diferença não está naquilo que ela representa para o homem com quem está; mas no seu caráter, na sua condição espiritual, em como DEUS a vê.

A começar pelos títulos e valores espirituais e morais. DEUS, nas Sagradas Escrituras, chama a mulher, que se deita com um homem que não a pertence, de adúltera, estranha, alheia, má, prostituta. Adjetivos, sem dúvida, fortíssimos; que nenhuma mulher, em sã consciência, gostaria de recebê-los. Mas não é homem algum que a chama assim, dessa forma, mas o SENHOR. O deitar-se se refere ao ato sexual ilícito, aquele que se dá entre pessoas não casadas em primeiro casamento. A mulher, legitimamente reconhecida pelo SENHOR, é aquela casada em primeiro casamento, sob o testemunho do SENHOR; ou a mulher que contrai uma segunda núpcia a partir da morte do seu marido. E o novo marido precisa ser igualmente viúvo ou nunca ter se casado com mulher alguma antes. DEUS chama a esposa, em primeiro casamento, de MULHER DA MOCIDADE.

O livro de Provérbios faz um desfile de alguns desses adjetivos:

“Para se afastar da mulher estranha, sim, da estranha que lisonjeia com suas palavras” (2:16);

“Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes” (5:3-4);

“E por que, filho meu, te deixarias atrair por outra mulher e te abraçarias ao peito de uma estranha?” (5:20);

“Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida, para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha” (6:23-24);

“Para que elas te guardem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com suas palavras” (7:5);

“Porque cova profunda é a prostituta; e poço estreito a estranha” (23:27);

“Quando alguém fica por fiador do estranho, toma-lhe até a sua roupa, e por penhor àquele que se obriga pela mulher estranha” (27:13).

JESUS também afirmou: “Qualquer que deixa a sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também” (Lucas 16:18).

São valores radicalmente distintos. Ambas, também, ocupam posições diferenciadas. Enquanto a mulher da mocidade, reconhecida por DEUS, é, quase sempre, traída, enganada, abandonada, desprezada pelo seu marido ímpio e infiel; a segunda, a mulher adúltera, estranha, alheia, má e prostituta, ocupa uma posição de aparente felicidade, prazer, bem-estar, deleitando-se com um corpo que não pertence a ela. Essas são as posições vistas pelos olhos humanos e ignorantes da sociedade.

A esposa legítima pode até sofrer todo tipo de injustiça, desprezo e vitupério, mas ela traz em seu caráter valores e qualidades, atribuídos por DEUS, que são exclusivos a ela. Vejamos alguns deles.

1)    Ela é a única legítima, reconhecida por DEUS. Esse é um ponto muito importante, já abordado aqui. A palavra legitimidade significa que aquela pessoa está conforme à lei de DEUS e à Sua vontade. É uma atribuição genuína, pura, incontaminável, autêntica. Quando DEUS a chama de MULHER DA MOCIDADE, ELE afirma que o casamento foi fundado e aliançado a partir do momento em que os cônjuges deixaram a casa dos pais e se deram, a partir de um pacto mútuo e confissão pública, em uma só carne. É uma união vista como legítima. Casamento, para o SENHOR, nunca pode ser legítimo se fora constituído a partir da destruição da família de origem. A primeira família, o primeiro casamento são, assim por dizer, chamados de família e casamento edênicos, puros, livres da ilicitude e da contaminação. A legitimidade, assim como o casamento, só é desfeita na morte de um dos cônjuges.

2)    Ela tem o testemunho de DEUS sobre o seu casamento. O mais importante no casamento não é a festa, a celebração em si, os convidados, as roupas, o que fora gasto, ou aquilo que a sociedade atribui como espetacular. O mais importante não é o valor do objeto da aliança, quantos quilates de ouro possui, ou quantas pedras de diamante contém. O mais sagrado e especial é saber se o casamento fora ou não testemunhado por DEUS, independentemente da religião dos cônjuges. Às vezes, um casamento pode ser celebrado até em uma choça africana, esquecida, porém, se DEUS for testemunha, será um casamento debaixo de promessas. E o SENHOR só testemunha aquele casamento a partir de uma origem legítima, como o que foi abordado no tópico anterior. “Casamentos” originários de destruição de uma família, onde o marido abandonou a esposa, divorciou-se dela, para se “casar” com uma nova mulher, para DEUS, esse tipo de união não tem valor algum. A segunda mulher nunca terá o que a primeira teve: a bênção de DEUS sobre o matrimônio. Observe as palavras do SENHOR transcritas pelo profeta Malaquias: “Porque o SENHOR foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher da aliança” (Malaquias 2:14) (grifos meus). Portanto, esse será o único casamento sustentado em aliança pelo SENHOR até a morte.

3)    Ela tem aliança com o SENHOR e suas orações são atendidas por DEUS. A legítima esposa é a única que pode orar a DEUS e ser ouvida pelo SENHOR. No livro do evangelista João está escrito: “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve” (9:31). Quem vive no lamaçal do pecado do adultério, mantendo relação sexual ilícita, achando tudo bonito e correto, não possui aliança com DEUS em CRISTO JESUS e; assim, suas orações nunca serão ouvidas e atendidas pelo SENHOR. Mas a esposa, mesmo abandonada, que se guardou, passou a viver para o SENHOR, essa, sim, pode orar e ter a certeza de que DEUS está com a vida dela. Veja a promessa de vida eterna que o SENHOR faz para a esposa desprezada pelo marido: “Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás humilhada; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra. Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito; como a mulher da mocidade, que fora desprezada, diz o teu Deus. Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei; com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento; mas com benignidade eterna me compadecerei de ti, diz o Senhor, o teu Redentor" (Isaías 54:4-8).

4)    Se perseverar no caminho do SENHOR, herdará a vida eterna. DEUS ama aquelas esposas que não pagam o mal com o mal, mas com o bem. DEUS se alegra com aquelas que não se precipitam e não seguem conselhos errados, como em ir atrás de um novo relacionamento. DEUS ama as esposas que, embora repudiadas, guardam-se para ELE e NELE confiam. DEUS ama as esposas que pacientemente esperam NELE. A esposa cheia de virtudes “só faz bem; e não mal, todos os dias de sua vida” (Provérbios 31:12). “Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente! Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa, sim, será louvada” (versículos 29 e 30). Enquanto há promessa de salvação para as esposas da mocidade, corretas, íntegras, honestas, de caráter irrepreensível diante de DEUS, para as outras, estranhas, alheias, más, prostitutas, para o caminho da morte, do inferno e da destruição: “Não se desvie para os caminhos dela o teu coração, e não te deixes perder nas suas veredas. Porque a muitos feridos derrubou; e são muitíssimos os que por causa dela foram mortos. A sua casa é caminho do inferno que desce para as câmaras da morte” (Provérbios 7:25-27).

Por tudo isso, não sei por que ainda choras, mulher da mocidade, esposa honrada por DEUS. Por que ainda sofres? DEUS tem te dado muito valor e reconhecido o valor das tuas renúncias. O SENHOR tem te ajudado a carregar a sua cruz, enxugado as suas lágrimas e te exaltado sobremaneira aqui na terra. Não há porque temer. Não há porque chorar nem sofrer. O teu valor não está naquilo que a sociedade perdida diz de ti, de como ela te olha; mas em como DEUS te vê. A sua vida está no controle do SENHOR e, por isso, és por demais, abençoada. O seu lugar já está estabelecido por DEUS, assim como todos os teus passos aqui na terra. Continua adorando-O, exaltando-O, olhando somente para ELE e crendo em todos os valores que ELE tem atribuído a ti nessa terra. Não te troques por lixo, por monturo, nem por qualquer tipo de podridão. O SENHOR é com a sua vida e insiste em buscá-LO cada dia mais. Quer o mundo queira, quer o mundo não queira, a ESPOSA VERDADEIRA, a única reconhecida por DEUS, sempre será você. A outra será, sempre, a outra. Nada mais que isso...

No AMOR DE DEUS,

FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.

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